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A Psicologia do Vestuário

“A guerra destruíra todos os meus negócios e eu era forçado a começar tudo de novo. Meu guarda-roupa consistia então em três ternos velhos e dois uniformes de que eu não precisava mais.

Sabendo muito bem que as pessoas em geral julgam um homem pela sua maneira de se vestir, fui logo procurar o meu alfaiate.

Felizmente ele me conhecia há muitos anos e, assim, não me julgou pela roupa que eu vestia então. Se o tivesse feito, creio que teria “naufragado”.

Eu tinha no bolso, por única fortuna, menos de 1 dólar, trocado, e contudo consegui crédito para três ternos dos mais caros que já tive. Pedi também que as roupas fossem feitas sem demora.

Os três ternos custaram 375 dólares.

Felizmente eu tinha crédito junto ao meu alfaiate, e ele não me perguntou quando eu pagaria aquelas roupas tão caras. Sabia que eu podia pagar, e pagaria num tempo determinado, mas estaria convencido disso? Era essa a ideia que me passava pela cabeça e eu tinha esperança de que a pergunta não fosse feita.

Em seguida, comprei em outra casa três ternos mais baratos e um enxoval completo: as melhores camisas, colarinhos, gravatas e roupas brancas.

Em menos de 24 horas estava livre da guerra e com um débito de 675 dólares.

No dia seguinte recebi os três ternos mais baratos que havia comprado. Imediatamente vesti um deles, coloquei um lenço de seda no bolso do paletó e, tendo por única fortuna 50 dólares, que pedira emprestados, saí passeando pelo Michigan Boulevard, em Chicago, sentindo-me tão rico como Rockefeller.

Cada artigo de vestuário que eu usava, então, era da melhor qualidade. O fato de que não estivessem pagos só interessava a mim, ao meu alfaiate e ao outro comerciante onde comprara as roupas.

Todas as manhãs eu me vestia bem e começava a passear pela mesma rua, precisamente à mesma hora. Acontece que era justamente à hora em que um rico editor costumava passar, quando ia almoçar.

Comecei a cumprimentá-lo todas as manhãs, e, às vezes, parava para conversar com ele alguns minutos.

No fim de uma semana resolvi fazer que não o via ao passar por ele, a fim de experimentar se passaria por mim sem falar.

Observando-o com o canto dos olhos, fui passando adiante, quando ele me fez parar na calçada, pôs a mão no meu ombro e, olhando para mim da cabeça aos pés, exclamou:

— Para um homem que acaba de deixar o uniforme o senhor me parece muito próspero. Posso saber quem fez os seus ternos?

— Pois não — respondi. — Esse terno foi feito especialmente para mim pela casa Wilkie & Sellery.

Ele quis saber em que eu me ocupava. Aquele ar de prosperidade que eu mostrava, vestindo todos os dias um terno diferente, atraiu a sua curiosidade. E era justamente isso que eu queria.

Batendo as cinzas do Havana que fumava, respondi:

— Oh! Estou organizando uma nova revista que pretendo editar.

— Uma nova revista? — perguntou ele. — E como se chama?

— Ela se chamará Hill’s Golden Rule — respondi.

— Não se esqueça — tornou o meu amigo editor — que me encarrego de impressão e distribuição de revistas. Talvez lhe possa ser útil.

Chegava o momento esperado. E era justamente o que eu tinha em vista quando comprei os ternos.

Contudo, vale a pena acentuar que essa conversa nunca teria tido lugar se o editor tivesse me visto na rua com uma roupa surrada, mostrando indícios de pobreza em todo o meu aspecto.

Um ar de prosperidade sempre atrai a atenção e, ainda mais, uma “atenção favorável”, pois o desejo fundamental em todo coração humano é prosperar.

Meu novo amigo convidou-me a almoçar com ele, no seu clube. Antes de serem servidos o café e os charutos, já ele me falara sobre o contrato para a impressão e distribuição da revista. E eu “consentira” que ele fornecesse o capital, sem cobrar nenhum juro.

Naturalmente, para lançar uma nova revista, é necessário um capital considerável, que é sempre difícil obter, mesmo oferecendo as melhores garantias. O capital necessário para o lançamento da Hill’s Golden Rule, que o leitor deve conhecer, ia além de 30 mil dólares, e todos os centavos desses 30 mil dólares foram conseguidos principalmente devido à psicologia do vestuário.

A muitas pessoas pode parecer absurdo que um homem em péssimas condições financeiras começasse logo por fazer uma dívida de 675 dólares somente em roupas, mas a psicologia que aí se encontra a justifica plenamente.

A aparência de prosperidade não somente causa uma impressão favorável àqueles a quem se precisa pedir favores, como também tem um efeito sobre a própria pessoa.

Quanto a mim, eu não somente sabia que o fato de estar bem-vestido impressiona favoravelmente os outros, como também sabia que isso produziria um estado de confiança em mim mesmo, sem o qual eu não poderia reconquistar a fortuna perdida.

A primeira lição que recebi sobre a psicologia do vestuário me foi dada por meu amigo Edwin C. Barnes, sócio de Thomas A. Edison. Barnes divertiu bastante o pessoal dos escritórios de Edison quando há 20 anos dirigiu-se a West Orange num trem de carga (pois não podia conseguir dinheiro suficiente para pagar a passagem) e anunciou que ia entrar em sociedade com o sr. Edison.

Todo mundo riu do rapaz, exceto o próprio Edison, que viu no queixo largo e no rosto determinado do jovem Barnes algo que os outros não viram. Conquanto naquele momento ele tivesse mais o aspecto de um vagabundo do que o de um futuro sócio do maior inventor do mundo.

Barnes começou varrendo o chão dos escritórios de Edison.

O que ele desejava era apenas uma chance para entrar na organização de Edison.

Daí em diante, tornou-se um exemplo digno de ser imitado por outros jovens que desejam colocar-se na vida.

Barnes está hoje afastado da vida comercial, apesar de ser relativamente jovem, e passa a maior parte do seu tempo em duas belas casas, uma em Bradentown (Flórida) e a outra em Damariscotta (Maine). É multimilionário e feliz.

Travei conhecimento com ele durante os primeiros tempos da sua associação com Edison.

Naquela época, Barnes possuía o maior e o mais caro guarda-roupa de que já ouvi falar. Tinha 31 ternos e nunca vestia a mesma roupa dois dias seguidos. Além disso, as suas roupas eram caríssimas. Usava meias de 6 dólares e as suas camisas e gravatas eram de qualidade finíssima. Quanto às gravatas, eram feitas especialmente para ele, custando de 5 a 7 dólares cada.

Um dia, por troça, pedi-lhe que me desse alguns dos seus ternos velhos.

Ele me respondeu que não tinha uma única roupa da qual não precisasse.

Deu-me, sobre a psicologia do vestuário, uma lição que sempre relembrarei com vantagens.

— Não tenho 31 ternos apenas pela impressão que isso poderia causar aos outros, tenho-os pela impressão que causam a mim mesmo — disse-me ele.

E passou a relembrar o dia em que se apresentou na fábrica de Edison pedindo um emprego.

— Precisei — disse-me ele — fazer duas vezes a volta do edifício até conseguir coragem para me apresentar, pois sabia que tinha mais o aspecto de um vagabundo do que de um empregado aceitável.

Barnes é apontado como o vendedor de maior capacidade que já trabalhou com o inventor de West Orange. Toda a sua fortuna foi conseguida graças à sua capacidade como vendedor, porém ele costuma dizer que nunca teria conseguido riqueza e fama se não tivesse compreendido a psicologia do vestuário.

Durante a minha vida conheci muitos vendedores. Eu próprio tenho treinado mais de 3 mil, homens e mulheres, e já observei que todos os grandes vendedores, sem exceção, compreendem e empregam essa psicologia.

Tenho visto alguns vendedores bem-vestidos que não conseguem recordes em vendas, mas ainda estou por ver um homem malvestido que se tornasse um “astro” nesse campo de atividades.

Estudei durante muito tempo a psicologia das boas roupas, e tenho observado os seus efeitos sobre as pessoas, nas diferentes camadas da sociedade; assim, estou plenamente convencido de que há uma íntima relação entre as roupas e o triunfo.

Pessoalmente, não vejo necessidade de ter 31 ternos, mas se a minha personalidade exigisse um guarda-roupa tão importante, eu tudo faria para obtê-lo, fosse qual fosse o custo.

Para andar bem-vestido um homem precisa ter pelo menos dez ternos. Deve ter uma roupa diferente para cada dia da semana, um sobretudo, um smoking para soirées, um fraque para solenidades durante o dia.

O guarda-roupa de verão deve consistir em quatro roupas leves, pelo menos, um paletó claro, calças de flanela escura. Se é uma pessoa que joga golfe, deve ter uma roupa própria para esse esporte.

Isso, naturalmente, quando se trata de um homem que está um ou dois pontos acima da classe média. O homem que se contenta com a mediocridade precisa de pouca roupa.

Pode ser verdade, como disse um poeta conhecido, que “a roupa não faz o homem”, mas ninguém pode negar que o fato de andar bem-vestido contribui bastante para o triunfo.

O banco em que fazemos empréstimos está sempre pronto para nos fornecer dinheiro, mesmo que não precisemos, desde que mostremos um ar próspero. Assim, quando se vai a um banco fazer um empréstimo, nunca se deve ir malvestido ou mostrando indícios de pobreza, pois, nesse caso, nada se conseguirá. Para o bem dos leitores que possam objetar quanto à ideia de lançar mão desse truque de roupas como meio de alcançar o triunfo, cabe-nos aqui explicar que, em geral, todos os homens que triunfam conseguem isso por meio de qualquer estímulo que os impele a maiores esforços.”

Esse texto foi retirado do livro “A Lei do Triunfo”, de Napoleon Hill, escrito em 1928. No exemplo mencionado, podemos observar como um homem habilmente atraiu a atenção de um influente editor, utilizando-se de estratégias para alcançar seu objetivo de publicar uma revista, que até então era apenas uma ideia em sua mente. Com o intuito de destacar-se, ele cuidou de sua aparência e vestimenta, transmitindo uma imagem de prosperidade e confiança.

Podemos aprender algumas lições com o ocorrido:

  • As pessoas geralmente julgam um homem pela maneira como ele se veste.
  • Mesmo enfrentando adversidades, é importante cuidar da aparência pessoal.
  • Vestir-se bem cria uma impressão favorável nos outros e em si mesmo.
  • Uma aparência próspera atrai a atenção e desperta curiosidade positiva.
  • Vestir-se com elegância e qualidade gera confiança em si mesmo.
  • A confiança é essencial para reconquistar o sucesso e a prosperidade perdidos.
  • A psicologia do vestuário desempenha um papel importante na autoconfiança.

A forma como nos vestimos pode influenciar profundamente a percepção que os outros têm de nós, abrindo portas e criando oportunidades. Ao cuidar de nossa imagem e apresentar uma aparência próspera e confiante, podemos atrair a atenção e o interesse daqueles que podem nos ajudar a alcançar nossos objetivos.

Além disso, o exemplo ressalta a importância da persistência e da determinação. O protagonista não se deixou abater pelas circunstâncias adversas, mas, ao contrário, encontrou maneiras criativas de se destacar e causar uma impressão favorável.

Por fim, devemos lembrar que o sucesso muitas vezes requer investimentos e sacrifícios. O protagonista assumiu uma dívida considerável ao adquirir roupas de qualidade para transmitir uma imagem de prosperidade. Ele compreendeu que, às vezes, é necessário arriscar e investir em nós mesmos para conquistar as oportunidades que desejamos.

Portanto, ao considerar a importância da aparência, da persistência e do investimento pessoal, podemos aprender valiosas lições sobre como alcançar nossos objetivos e triunfar em nossas empreitadas. Essas lições são universais e aplicáveis em diversas áreas da vida, mostrando-nos o poder da imagem que projetamos e do esforço que dedicamos para conquistar o sucesso.

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Scar Brand

Apaixonado por estilo, lifestyle e autoconhecimento, Kelvin é o fundador da Scar Brand, um espaço dedicado a ajudar homens a se sentirem confiantes e autênticos em todas as áreas da vida.

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